O Clima frio afeta nossa saúde – Como se proteger

Saber como se proteger do clima frio com as dicas da vovó.

Quando o inverno chega com força, o corpo sente. O clima frio afeta sua saúde quando você sente que a pele arrepia, a respiração se torna mais curta e os dias parecem mais pesados. Não é só a paisagem que muda — nosso organismo também entra em alerta. Em algumas regiões do Brasil, o clima frio é apenas um incômodo passageiro. Mas em outras, como no sul do país, ele se impõe com severidade.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, as madrugadas de julho e agosto costumam registrar temperaturas abaixo de zero. Esse clima frio afeta a saúde de muitas pessoas e os hospitais ficam lotados.

Em cidades como São José dos Ausentes, Vacaria e Bom Jesus, geadas cobrem os telhados e os campos, congelando não apenas a vegetação, mas também exigindo resistência do corpo humano. Em muitas dessas manhãs, o termômetro marca -2ºC, -4ºC e, às vezes, ainda menos.

Essa queda brusca de temperatura tem efeitos profundos sobre a saúde. O clima frio afeta o sistema imunológico, reduz a circulação sanguínea, resseca as mucosas e cria o ambiente ideal para a disseminação de vírus e bactérias. 

Não à toa, é nessa estação que os hospitais registram aumento expressivo nos atendimentos relacionados a doenças respiratórias, cardiovasculares e até emocionais.

Mas o que exatamente acontece com nosso organismo durante o clima frio? 

Por que adoecemos mais no inverno? 

E como é possível se proteger das doenças mais comuns nessa época do ano sem perder qualidade de vida?

Neste artigo, você vai entender como o clima frio afeta sua saúde, conhecer as 8 principais doenças que surgem com o frio intenso e, principalmente, aprender como proteger você e sua família durante os dias gelados. 

Porque o inverno pode ser rigoroso — mas com informação e cuidado, ele não precisa ser sinônimo de sofrimento.


Por que o Clima Frio Afeta Tanto a Saúde?

Durante os dias frios, o corpo humano ativa mecanismos naturais de defesa. Um dos principais é a vasoconstrição — processo em que os vasos sanguíneos se contraem para manter o calor nos órgãos vitais. Esse esforço, embora essencial, pode sobrecarregar o coração e dificultar a circulação.

Além disso, a imunidade tende a diminuir. As mucosas nasais e das vias aéreas superiores ressecam, facilitando a entrada de vírus e bactérias. 

Outro fator preocupante é a maior permanência em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que aumenta as chances de contágio entre pessoas.

O clima frio também muda hábitos. Bebemos menos água, nos exercitamos com menos frequência e expomos o corpo a mudanças bruscas de temperatura ao sair de locais aquecidos. Tudo isso cria um cenário propício para o surgimento de doenças sazonais e agravos de condições crônicas.


Gripe e Resfriado Comuns

As doenças respiratórias simples, como a gripe e o resfriado, estão entre as mais frequentes no inverno. São causadas por vírus altamente transmissíveis e que se espalham com facilidade em ambientes fechados e mal ventilados.

Os sintomas incluem coriza, dor de garganta, espirros, tosse e febre. Embora pareçam inofensivos, esses quadros podem evoluir para complicações, especialmente em crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.

A melhor forma de prevenção é a vacinação anual contra a gripe, além de medidas simples como lavar as mãos com frequência, manter os ambientes arejados e evitar aglomerações durante surtos.


Pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar grave que pode surgir como complicação da gripe mal cuidada. Durante o inverno, o número de casos aumenta significativamente, especialmente entre os idosos por causa do clima frio.

Ela provoca sintomas como febre alta, calafrios, dor no peito ao respirar, tosse com catarro e cansaço extremo. Muitas vezes, é confundida com um resfriado prolongado, o que atrasa o diagnóstico e agrava o quadro.

A prevenção inclui manter as vacinas em dia (especialmente contra gripe e pneumococo), buscar atendimento médico ao menor sinal de piora nos sintomas e evitar exposição ao frio intenso sem proteção adequada.


Asma e Problemas Respiratórios

Para quem já sofre com doenças respiratórias como asma ou bronquite, o inverno representa um verdadeiro desafio. O ar frio é um gatilho poderoso para crises, e o ambiente seco agrava ainda mais a inflamação das vias aéreas.

As crises de asma podem ser intensas e perigosas, exigindo o uso imediato de broncodilatadores. Por isso, é fundamental que os pacientes mantenham o tratamento contínuo e evitem se expor ao clima frio sem proteção.

Além disso, é importante manter a casa limpa e livre de poeira, evitar o uso de produtos com cheiro forte e lavar os cobertores e roupas de cama com frequência.


Infecções de Garganta e Amigdalite

A garganta é uma das primeiras regiões do corpo a sofrer com o frio. A exposição ao ar gelado, as bebidas frias e os ambientes com ar condicionado favorecem infecções como a faringite e a amigdalite.

Os sintomas vão desde dor ao engolir até febre, placas brancas nas amígdalas e mal-estar generalizado. Essas infecções são comuns em crianças e adolescentes, mas também afetam adultos com frequência.

Para evitar, é importante manter a hidratação, evitar mudanças bruscas de temperatura e proteger a garganta com cachecóis ou lenços ao sair de casa.


Doenças Cardiovasculares

O clima frio é um inimigo silencioso do coração. A vasoconstrição provocada pelas baixas temperaturas aumenta a pressão arterial e sobrecarrega o sistema cardiovascular.

Isso explica por que os casos de infarto e AVC aumentam durante o inverno, especialmente em pessoas com hipertensão ou colesterol elevado. A inatividade física típica da estação também contribui para esse risco.

A prevenção inclui manter o tratamento de doenças crônicas em dia, fazer caminhadas leves mesmo no frio, evitar se expor sem agasalho e procurar acompanhamento médico regular.


Problemas na Pele – Ressecamento e Dermatites

A pele também sofre com o clima frio. A redução da umidade no ar, os banhos muito quentes e a menor ingestão de líquidos ressecam a pele e favorecem o surgimento de dermatites.

O problema é ainda mais frequente em idosos, pessoas com diabetes e crianças pequenas.

Coceira, vermelhidão e rachaduras são sintomas comuns e, muitas vezes, ignorados até que se agravem.

Para cuidar da pele no inverno, é essencial usar hidratantes após o banho, reduzir a temperatura da água, usar roupas de algodão e beber bastante água mesmo nos dias de clima frio.


Depressão Sazonal e Transtornos Emocionais

Nem todas as doenças do inverno são físicas. A chamada depressão sazonal (ou transtorno afetivo sazonal) atinge muitas pessoas durante os meses mais frios, especialmente em regiões com dias mais curtos e menos sol.

O isolamento, a redução das atividades ao ar livre e a menor exposição à luz solar afetam os níveis de serotonina e melatonina, alterando o humor e o sono. A pessoa pode se sentir desmotivada, triste, irritada ou apática sem saber o motivo.

Manter uma rotina ativa, buscar a luz do dia sempre que possível, praticar exercícios e conversar com familiares e amigos são formas eficazes de amenizar esse impacto emocional.


Infecções Urinárias

No inverno com o clima frio, é comum que as pessoas diminuam a ingestão de água. Essa redução, aliada ao uso prolongado de roupas grossas e abafadas, favorece o surgimento de infecções urinárias.

Mulheres, idosos e pessoas com imunidade baixa estão mais suscetíveis. Os sintomas incluem ardência ao urinar, vontade frequente de ir ao banheiro e dor na região abdominal.

A principal medida preventiva é simples: manter uma boa hidratação, mesmo sem sede. Além disso, deve-se evitar ficar muito tempo com roupas molhadas ou suadas após atividades físicas.


Grupos Mais Vulneráveis ao Clima Frio

Alguns grupos exigem atenção redobrada no inverno. 

Crianças pequenas ainda estão com o sistema imunológico em formação. 

Idosos têm menor capacidade de regulação térmica e resistência a infecções. 

Gestantes e pessoas com doenças crônicas também sofrem mais com os efeitos do frio.

É importante garantir que esses grupos estejam bem agasalhados, com vacinas atualizadas e acompanhamento médico. Em ambientes domésticos, vale investir em conforto térmico e evitar o contato com pessoas doentes.

Cuidar de quem está mais vulnerável é uma forma concreta de proteção coletiva durante o inverno.


Como Proteger o Corpo no Inverno: Guia Prático de Prevenção

Adotar alguns hábitos simples pode fazer toda a diferença durante o clima frio.

Comece pela escolha das roupas: mantenha as extremidades protegidas (pés, mãos e cabeça) e vista-se em camadas. Use cachecóis para proteger a garganta e evite sair com cabelos molhados.

Dentro de casa, mantenha os ambientes arejados mesmo nos dias frios. Ventilar evita a proliferação de vírus e fungos. Evite o uso excessivo de aquecedores sem umidificadores, pois eles ressecam o ar.

A alimentação também é essencial. Sopas, chás, vegetais cozidos e alimentos ricos em vitamina C ajudam a fortalecer o sistema imunológico. E, claro, continue se movimentando: uma caminhada diária, mesmo leve, já contribui para a saúde física e mental.

Hidratação e sono de qualidade completam o ciclo de proteção. Água, mesmo sem sede, e noites bem dormidas ajudam o corpo a enfrentar o frio com mais equilíbrio.


O Poder da Prevenção e da Consciência Climática

O clima frio é inevitável, mas os efeitos que ele causa na saúde podem ser reduzidos. 

Prevenção é a palavra-chave. Estar atento aos sinais do corpo, manter hábitos saudáveis e buscar ajuda médica nos primeiros sintomas são atitudes que salvam vidas.

Cuidar de si mesmo é, também, um gesto de responsabilidade com os outros. Quando nos protegemos, protegemos quem amamos — e quem está ao nosso redor.

O inverno pode ser uma estação bonita e acolhedora. Com as escolhas certas, ele não precisa ser sinônimo de dor ou doença.


Agora você sabe como o clima frio afeta sua saúde e por que o inverno exige atenção redobrada. 

A queda da temperatura traz riscos que vão além do desconforto: são doenças respiratórias, emocionais e até cardiovasculares que se intensificam silenciosamente.

Mas também é tempo de cuidado, de acolhimento e de olhar com carinho para si mesmo. Com pequenos gestos diários — como se aquecer bem, alimentar-se com qualidade, manter a mente ativa e o corpo protegido — é possível atravessar essa estação com leveza e saúde.

Que o clima frio sirva como um convite para o autocuidado. 

Que cada manhã gelada nos lembre que viver bem também é saber se proteger, em todas as estações da vida.

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